terça-feira, 31 de março de 2015

Exposições brilhantes e casa cheia foram a marca do 3o encontro técnico I+ do ano

Cientistas e especialistas de grandes empresas se reúnem para falar sobre gestão de recursos hídricos e gestão das águas

*Por Fernando Novais

A crise que atinge os reservatórios de abastecimento de água e a exploração de recursos naturais, provocando alterações expressivas no meio ambiente, fez com que empresas e sociedade civil passassem a dividir responsabilidades, adotando práticas conscientes e sustentáveis.

Com o intuito de promover um debate sobre a gestão de recursos hídricos, apresentando as melhores práticas ambientais promovidas pelas empresas e reunindo pesquisadores para analisar o panorama atual e indicar prospectivas para o futuro, o Instituto Mais, em parceria com a Mais Projetos, promoveu o terceiro encontro técnico, realizado na última quinta-feira, 26 de março.

O evento realizado na Universidade Anhembi Morumbi, no Campus Paulista, contou com as participações da gerente de Relações Socioambientais da Ambev, Simone Veltri; da gerente de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais da CEMIG, Raquel Coelho Loures Fontes; do professor da Escola Politécnica da USP, Arisvaldo Vieira Mello Junior; e do professor de Ciências Atmosféricas da USP, Augusto José Pereira Filho.

Tida como a maior fabricante de cerveja do mundo, a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) foi uma das empresas a adotar medidas importantes para diminuir o consumo de água dentro de sua cadeia produtiva, passando de mais de cinco hectolitros de água para produção de um hectolitro de bebida para 3,34 hectolitros para cada hectolitro produzido. A meta da companhia é chegar a 3,2 hectolitros em 2017.

Em parceria com o WWF-Brasil, a Ambev desenvolveu o “Projeto Bacias”, certificado pelo Programa Benchmarking Brasil em 2014, que atuou em quatro frentes: diagnóstico socioambiental e plano de recuperação da bacia; plano participativo de áreas degradadas; fomento da gestão da água no Distrito Federal e construção de aprendizagem e disseminação das lições aprendidas. A gerente de Relações Socioambientais da empresa, Simone Veltri, ressaltou que a segunda parte do programa está a caminho:

“O Projeto Bacias Gama foi a nossa primeira edição, estamos indo para a segunda edição do programa. Além do Gama, nós lançamos oficialmente o Programa Bacias Jaguariúna, que trabalha nas bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), onde estamos desenvolvendo um modelo de pagamento por serviços ambientais aos produtores rurais para que utilizem práticas de conservação para produção de água.”

A mesma filosofia que prega a preservação do ecossistema também é praticada e difundida pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), que, representado pela gerente de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais, Raquel Coelho Loures Fontes, apresentou o case “Programa Peixe Vivo”, certificado pelo Programa Benchmarking Brasil em 2014.

Iniciando suas atividades em 2007,o projeto tem como foco a conservação da ictiofauna nas bacias hidrográficas, fazendo com que os produtos do setor primário, que sustentam a economia de pequenas comunidades no entorno das usinais, não sejam afetados. Segundo Raquel Coelho, após a implementação do programa, houve uma redução de 77% de biomassa afetada, ou seja, de peixes mortos devido às operações da empresa. A empresa também trabalha na formação de cidadãos conscientes e que desenvolvam boas práticas de responsabilidade socioambiental, como contou Raquel Coelho:
“Temos um projeto voltado estritamente para a parte de educação ambiental. Ele não é só palestras e cartilhas. Nós desenvolvemos um trabalho intensivo nas escolas, com professores acompanhando a mesma turma a cada 15 dias. São assuntos e temáticas ambientais que foram acompanhados ao longo dos anos.”

Como parte do projeto, a CEMIG soltou quase 1,5 milhão de alevinos em bacias hidrográficas mineiras, com a finalidade de recompor os estoques de peixes de interesse ecológico, de forma a suplementar as populações já existentes na região e manter as espécies em ambientes aquáticos impactados por causas naturais ou pela ação humana.


Mas quais foram os motivos que levaram à situação emergente na qual estamos passando hoje? Para o professor da Escola Politécnica da USP, Arisvaldo Vieira Mello Junior, a concentração das demandas, a exploração de aquíferos e de mananciais superficiais, as incertezas entre oferta e demanda e a poluição excessiva dos mananciais hídricos são alguns dos motivos que estão relacionados com o cenário catastrófico que vivenciamos atualmente:
“Quais serão as consequências disso tudo? Aumento dos conflitos pelo uso da água, níveis de garantias insatisfatórios, o que causaria problemas sociais e econômicos terríveis, e alterações do regime hidrológico que depende do uso e ocupação de solo. Esse é um dos objetivos de você ter que preservar nascentes e bacias hidrográficas.”

As soluções apontadas pelo professor foram: aperfeiçoamento do processo de gestão, planejamento efetivo, sustentabilidade no uso de recursos naturais e investimento em infraestrutura, visando o bem-estar e a equidade social, a redução de riscos ambientais e a produção sustentável.


O professor da USP, Augusto José Pereira Filho, apontou a umidade no Oceano Atlântico como fator primordial pela falta de chuva, e não o desmatamento na região amazônica, como diversos especialistas apontam:
“A origem da água está no Oceano Atlântico, e não na Amazônia. A água sai do Atlântico, vem para a Amazônia, precipita, recircula e vem para o Sul. E daqui, ela vai para a Antártica. Essa é a situação média do ano.”
Augusto salientou ainda que o recorde de temperatura registrado na cidade de São Paulo no ano passado não está relacionado com o aumento de CO2 na atmosfera, mas sim com uma Alta Subtropical vinda do Atlântico, que pairou na região Nordeste e se estendeu para outras regiões do Brasil:
“Quando você tem um bichão desse tamanho que cruza a África, chega até o Brasil e senta em cima da gente, não chove. Sinto muito, não chove. O fato é que nós dependemos completamente do sistema. O que eu tenho que fazer? Aprender a lidar com essa variabilidade climática e controlar o consumo. Essa questão de sustentabilidade significa entender quando a gente vai entrar numa situação dessas e economizar água. O problema foi que, quando entramos, nós não economizamos água.”

E no final do evento, chegamos a um consenso claro e simples: sabendo usar os recursos hídricos com responsabilidade e de forma sustentável, não faltará água hoje e não estaremos comprometendo as futuras gerações de nosso planeta.

AGENDA

O Programa Benchmarking Brasil está com as inscrições abertas para empresas e gestores que promovem as melhores práticas socioambientais para concorrer ao XIII Ranking Benchmarking dos Legítimos da Sustentabilidade. As inscrições poderão ser feitas online até o dia 17 de abril através do site:  http://benchmarkingbrasil.com.br/

Os cases selecionados serão certificados como “Cases Benchmarking”, e farão parte do maior Banco Digital de Boas Práticas Socioambientais com livre acesso do país, além de fazerem parte da grade de encontros técnicos a partir de 2016. No dia 2 de julho, será conhecido o ranking das melhores práticas socioambientais do país, e também será lançado oficialmente o livro BenchMais3.

Instituto Mais dará uma pausa com os encontros técnicos, que retornarão no dia 24 de setembro (24/09) com o tema “Ferramentas e Políticas de Gestão Socioambiental nas Empresas”, contando com as participações do professor da FGV/EAESP, Dagoberto Lorenzetti; do professor da FEA/USP, José Roberto Kassai; do superintendente de Meio Ambiente da Itaipu Binacional, que apresentará o case “IB – Programa Coleta Solidária”, certificado pelo Programa Benchmarking Brasil 2014, Jair Kotz; e da gestora da filial do The Forest Trust (TFT) no Brasil, que apresentará o case “Transformando Histórias”, também certificado pelo Programa Benchmarking Brasil 2014, Tatiana Pagotto Yoshida.

Os encontros técnicos recebem o apoio do curso de Relações Públicas da Escola de Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi, que gentilmente cede o espaço para a realização do evento. Também conta com a participação dos voluntários I+. 

Caso queira prestigiar os nossos eventos, a entrada é gratuita, contudo, é preciso fazer a inscrição através de nossa página: http://www.institutomais.com.br/forms/cadastro_eventos.php

Conheça a programação completa com os palestrantes confirmados no site do Instituto Maishttp://www.institutomais.com.br/sem-categoria/fibops-tecnica-2015/

(*) Fernando Novais é jornalista e voluntário do Instituto MAIS

terça-feira, 24 de março de 2015

Benchmarking Brasil receberá cases de sustentabilidade até 17 de abril

Empresas e gestores com boas práticas socioambientais poderão inscrever seus cases de sustentabilidade até 17 de abril

sábado, 21 de março de 2015

Benchmarking Brasil prorroga prazo para inscrições de cases

lembrete_inscricao
 Em atendimento as inúmeras solicitações para prorrogação do prazo das inscrições, os organizadores estenderam o prazo para até o dia 17 de abril. Assim, empresas e gestores com boas práticas socioambientais poderão melhor preparar seus cases para a certificação  2015 dos legítimos da sustentabilidade.

Benchmarking Brasil é um dos mais respeitados selos de sustentabilidade do país que já certificou 311 boas práticas. Até o momento 172 organizações tiveram suas práticas reconhecidas como "Cases Benchmarking", pela excelência de seu "modus operandi".  

O Programa  tem o reconhecimento da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para sua metodologia de seleção de cases Benchmarking. Na declaração concedida a metodologia do Programa Benchmarking Brasil, a ABNT afirma que "Ao longo de todo o processo, o Programa Benchmarking Brasil se reveste integralmente de princípios elevados de isenção, imparcialidade, transparência e credibilidade, materializando uma possibilidade efetiva para que as empresas e instituições partícipes possam demonstrar para a sociedade que são detentoras e promotoras de boas práticas socioambientais" . Para ver a declaração completa, clique AQUI

img_metodologia_abntBenchmarking Brasil reúne a massa crítica da sustentabilidade dos 3 setores da economia.  Nomes consagrados da sustentabilidade participam da iniciativa integrando a comissão técnica, escrevendo artigos inéditos para as publicações do Programa (livro e revista), apoiando o programa, ou então palestrando nos encontros técnicos onde são apresentados alguns dos cases Benchmarking.

Segundo a idealizadora do Programa, Marilena Lavorato " Benchmarking Brasil é um canal de comunicação muito diferenciado para que as organizações com boas práticas  prestem contas a sociedade sobre a forma como a sustentabilidade é aplicada em seus negócios.  Demonstram mais do que simplesmente seus resultados em números e relatórios, demonstram principalmente como se chegou a eles explicando seu modus operandi".   

Este ano a comissão técnica avaliadora é composta por 16 especialistas de 6 diferentes países que pontuarão os quesitos dos cases inscritos sem terem acesso ao nome da organização. As inscrições são feitas online pelo site, em espaço restrito da internet com login e senha até o dia 17 de abril. O resultado com o Ranking Benchmarking dos detentores das melhores práticas será conhecido no "XIII Dia Benchmarking, Compartilhar para Crescer" em 02 de julho, no auditório do Tribunal Regional Federal da 3a Região, sito na Avenida Paulista, 1842 - 25o andar, em São Paulo/SP.

louroverde2015_pSobre o programa Benchmarking Brasil:  Em 12 edições já realizadas, o Programa Benchmarking Brasil se consolidou como um dos mais respeitados Selos de Sustentabilidade do país. Com uma metodologia estruturada, reconhecida pela ABNT,  e participação de especialistas de vários países, o Ranking Benchmarking define e reconhece os detentores das melhores práticas de sustentabilidade do Brasil. O programa, além do Ranking congrega outras ações de fomento a sustentabilidade como publicações, banco digital de livre acesso, encontros técnicos, feiras e congressos, entre outros. 

Além de incentivar a busca da melhoria contínua e a adoção das boas práticas nas organizações, o Programa Benchmarking Brasil contribuiu ao longo destes 12 anos de forma efetiva com a construção de massa crítica em sustentabilidade no país. Em 2013, Benchmarking Brasil foi o grande vencedor (1º colocado) na categoria Humanidades do Prêmio von Martius de Sustentabilidade da Câmara de Comércio Brasil Alemanha. 

Empresas e gestores com boas práticas socioambientais podem inscrever seus cases até 17 de abril. Inscrições, clique AQUI 

São Paulo, 23 de março de 2015 
 Assessoria de Imprensa 
(11) 3257-9660/  37299005

domingo, 8 de março de 2015

Recursos Hídricos e Gestão das Águas será o tema do encontro técnico I+ de março

No próximo dia 26 de março, pesquisadores científicos e especialistas serão expositores do encontro técnico  I+. Teremos 4 palestrantes e 2 cases Benchmarking para apontar caminhos e soluções neste importante e urgente tema da sustentabilidade - Recursos Hídricos e Gestão das Águas. Encontro aberto e gratuito, mas com vagas limitadas. Clique na imagem para ser remetido a programação e se inscrever.
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quinta-feira, 5 de março de 2015

BenchMais 3 - As melhores práticas da gestão socioambiental do Brasil

Livro_Bench3_pBenchMais3 será lançado em julho

Esperado com ansiedade pelos especialistas e lideranças da sustentabilidade, o  o 3o volume da série BenchMais - As melhores práticas da gestão socioambiental brasileira será lançado com a presença de seus principais articulistas, em 02 de Julho a partir das 19h na abertura da solenidade do Programa Benchmarking Brasil, em São Paulo, capital. 

 A série BenchMais lança a cada 4 anos um novo volume com os resumos dos cases Benchmarking certificados nas ultimas 4 edições do Programa Benchmarking Brasil.  São cases de boas práticas socioambientais que foram selecionados por especialistas de diversos países.  

CAPAS_1_2_VA seleção é rigorosa e feita em conformidade com a metodologia Benchmarking que tem o reconhecimento da ABNT (Associação Brasileira das Normas Técnicas). Os cases selecionados são classificados por suas pontuações no Ranking Benchmarking das melhores práticas do país.  

Os cases Benchmarking são organizados por categorias gerenciais: Resíduos; Energia, Emissões; Recursos Hídricos e Efluentes; Educação, Informação e Comunicação Socioambiental; Ferramentas e Políticas de Gestão; Manejo e Reflorestamento; Pesquisas Científicas e Desenvolvimento de Novos Produtos; Proteção e Conservação; e Arranjos Produtivos.   

A série BenchMais publicou os volumes 1 e 2 em 2007 e 2011. BenchMais 3 será lançado este ano com grandes participações. A obra terá 4 capítulos básicos: 1) Benchmarking fotografia da gestão socioambiental - com artigos de nomes consagrados do cenário nacional e com 1 participação internacional. 2) Benchmarking Melhores Práticas - com 113 resumos de cases Benchmarking certificados nas edições 2011 a 2014 organizados por categorias gerenciais e por edições; e 198 fichas técnicas de cases Benchmarking certificados nas edições 2003 a 2010 organizados por categorias gerenciais e por edições. 3) Benchmarking Trajetória e Realizações. 4) Legado Benchmarking. BenchMais3  será uma obra de gestão e consulta, um rico acervo de conhecimento socioambiental aplicado a disposição de quem trabalha ou se interessa por práticas de sustentabilidade.  

A exemplo das edições anteriores, parte da tiragem será distribuída gratuitamente para bibliotecas de escolas profissionalizantes e universidades parceiras do Programa Benchmarking Brasil, Empresas, Jurados e apoiadores do Programa,  Instituições representativas e mídia especializada.  BenchMais 1 teve o prefácio de Dr. Paulo Nogueira Neto, o primeiro secretário (com status de ministro) de meio ambiente do Brasil. BenchMais2 teve o prefácio de Izabella Teixeira, atual ministra do meio ambiente do país, e BenchMais 3 terá o prefácio de Dener Giovanini, um ambientalista reconhecido internacionalmente que recebeu da ONU em 2003 o mais importante e prestigiado prêmio ambiental do planeta: o Unep-Sasakawa. 

Foi eleito pelo jornal LE MONDE como um dos 100 mais importantes ambientalistas do mundo em 2007.  Fundador da Renctas, uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que luta pela conservação da biodiversidade, e atual colunista de meio ambiente do Estadão on line. 

 São Paulo, 05 de Março de 2015
(11) 3257-9660/ 3729-9005
www.benchmarkingbrasil.com.br 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Para ser legítimo precisa ser Benchmarking

Benchmarking Brasil certifica a excelência da gestão socioambiental brasileira

emkt_marco_2015
Se não quiser mais receber informações sobre nossas atividades envie este email para remover@benchmarkingambiental.com.br 

Para ser Legítimo tem que ser Benchmarking



Benchmarking Brasil certifica a excelência da gestão socioambiental brasileira 

Empresas inteligentes estão tratando a sustentabilidade como uma nova fronteira da inovação, e com isto, ganhando competitividade e melhorando sua performance. 

O Programa Benchmarking Brasil, considerado a fotografia da gestão socioambiental brasileira, tem registrado este movimento com precisão. Empresas e gestores com boas práticas socioambientais podem inscrever seus cases até 31 de março deste ano para a certificação Benchmarking, que possui metodologia com reconhecimento da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 

Os cases Benchmarking são avaliados por uma comissão técnica com especialistas de vários países, que pontuam os quesitos do case sem ter acesso ao nome da organização. Há um regulamento com critérios de avaliação, código de confidencialidade, regras de compartilhamento em publicações e Banco de Práticas, entre outros. Para conhecer a CT 2015, clique AQUI 

Os cases que obtiverem índice técnico (score igual ou superior a 7,1) são certificados como Case Benchmarking, integram o Ranking Benchmarking dos detentores das melhores práticas, e seus resumos são publicados no maior banco digital de práticas certificadas e com livre acesso na internet do paí e até o momento com 311 práticas , na série "BenchMais - As Melhores Práticas Socioambientais do Brasil" com 2 volumes publicados, sendo que o terceiro será lançado este ano, e em mídias especializadas parceiras. Também integram a grade dos encontros técnicos do Instituto MAIS que realiza 5 encontros ao ano. 

O programa Benchmarking é uma plataforma de conhecimentos a disposição da sociedade. Identifica, organiza, e compartilha as melhores práticas socioambientais das organizações brasileiras. Para conhecer a trajetória e os números Benchmarking, clique AQUI 

louroverde2015_pSobre o programa Benchmarking Brasil:   

 Em 12 edições já realizadas, o Programa Benchmarking Brasil se consolidou como um dos mais respeitados Selos de Sustentabilidade do país. Com uma metodologia estruturada, reconhecida pela ABNT,  e participação de especialistas de vários países, o Ranking Benchmarking define e reconhece os detentores das melhores práticas de sustentabilidade do Brasil. 

O programa, além do Ranking congrega outras ações de fomento a sustentabilidade como publicações, banco digital de livre acesso, encontros técnicos, feiras e congressos, entre outros. Além de incentivar a busca da melhoria contínua e a adoção das boas práticas nas organizações, o Programa Benchmarking Brasil contribuiu ao longo destes 12 anos de forma efetiva com a construção de massa crítica em sustentabilidade no país. Em 2013, Benchmarking Brasil foi o grande vencedor (1º colocado) na categoria Humanidades do Prêmio von Martius de Sustentabilidade da Câmara de Comércio Brasil Alemanha. 

Empresas e gestores com boas práticas socioambientais podem inscrever seus cases até 31 de Março. Inscrições, clique AQUI 

São Paulo, 04 de março de 2015 
 Assessoria de Imprensa (11) 3257-9660/  3729-9005

segunda-feira, 2 de março de 2015

Energia e Emissões reuniu especialistas e lideranças

Segundo encontro técnico debate o uso sustentável da matriz energética

*Por Fernando Novais

Em meio à crise de abastecimento no sistema hídrico da cidade de São Paulo, o Instituto Mais, em parceria com a Mais Projetos, promoveu o segundo encontro técnico realizado na ultima 5a feira, 27 de fevereiro, sobre assunto que mais está em pauta tanto na esfera pública quanto na privada: as melhores práticas para se economizar e utilizar de maneira sustentável a matriz energética e cuidar para que as emissões produzidas não denigram a atmosfera de nosso planeta.

O evento teve a participação do vereador da cidade de São Paulo, Gilberti Natalini, do professor da Escola Politécnica da USP (Poli-USP), Laércio Kutianski Romeiro, e da apresentação dos cases “Evolução – Mudanças Climáticas”, da petroquímica Braskem, pelo coordenador da área de Gestão de Desenvolvimento Sustentável, Mario Pino, e “Economia Dez, Desperdício Zero”, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), pela presidente do Comitê de Sustentabilidade, Rosemeire da Silva Pereira, ambos certificados pelo Programa Benchmarking Brasil em 2014.

Autor de diversas leis, entre elas, a que estabelece a utilização de água de reuso proveniente das estações de tratamento de esgoto para a limpeza de lugares públicos, o vereador Gilberto Natalini explicou que existem mais de 24 projetos de sua autoria na Câmara Municipal de São Paulo para auxiliar na contenção da crise hídrica no município, como, por exemplo, o uso de hidrômetros individualizados e o aproveitamento da água de perfuração do lençol freático.

Natalini destacou a importância dos encontros promovidos pelo Instituto Mais para a difusão de uma cultura de desenvolvimento sustentável na sociedade:
“O evento tem a importância de implantar a sustentabilidade num setor importantíssimo da nossa vida, que é o setor produtivo. E isso estimula as pessoas físicas e jurídicas, e até mesmo os jovens universitários, a tomarem iniciativas sustentáveis das mais variadas. Porque a verdade é a seguinte: ou a gente muda de conduta, entende que é preciso construir um novo modelo econômico onde a sustentabilidade esteja incluída, ou nós estamos fadados à extinção pelas nossas próprias mãos.”


Pesquisador Sênior do Grupo de Prevenção à Poluição (GP2) da POLI-USP, utilizando a metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida, o professor Laércio Kutianski fez um alerta com relação ao aumento da demanda de energia nos próximos anos. O aumento do custo de energia, o aumento da população e, consequentemente, o aumento do consumo serão os maiores problemas que o governo brasileiro deverá administrar pelos próximos anos.

Diante deste cenário, a tendência é de que os insumos renováveis, como o milho, por exemplo, sejam cada vez mais explorados, sobretudo pelas indústrias, como é o caso da Braskem, que já utiliza dentro de sua cadeia produtiva matérias-primas provenientes de fontes renováveis:
Entre 2009 e 2012, a Braskem investiu R$ 100 milhões em biopolímeros, que são produtos que utilizam matéria-prima de fonte renovável. Além disso, o crescimento da cana-de-açúcar acaba capturando o CO2, ajudando a desconcentrá-lo na atmosfera. Nós também cultivamos o plantio de polietileno verde. Para cada tonelada de CO2 emitida na atmosfera, ela é responsável pela contenção de 2,5 toneladas”, explicou o coordenador da área de Gestão de Desenvolvimento Sustentável, Mario Pino.

Mais do que se preocupar com as atitudes tomadas dentro da empresa, a fim de se tornar referência de sustentabilidade em sua cadeia produtiva, a Braskem elaborou o “Código de Conduta para os Fornecedores de Etanol”, para avaliar se os seus parceiros também agem seguindo os princípios de desenvolvimento sustentável. A avaliação realizada no final de 2014 apontou a adesão de 99,7% das empresas ao código desenvolvido.

“É importante que a gente entenda, como organização, quais são as oportunidades e ameaças vindas das mudanças climáticas. O planeta precisa de resultados numa escala diferenciada. O tema de mudanças climáticas, hoje, nos ajuda a proteger e gerar valor, tanto de resultados tangíveis quanto de intangíveis. Então nós temos antecipado as nossas ações quanto ao atendimento à legislação”, ponderou Mario.

Inaugurado em maio de 2008, os 84 mil m² do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) foi construído com o intuito de proporcionar o melhor atendimento na área da saúde aos seus pacientes, alinhado a uma filosofia socioambiental implantada não apenas através da funcionalidade do edifício, mas também difundida junto aos demais colaboradores.

Desde 2011, o ICESP vem acumulando prêmios e reconhecimentos pelos projetos desenvolvidos, tendo sido aclamado pelo selo Benchmarking Brasil por dois anos consecutivos, em 2013 e 2014.

De acordo com a presidente do Comitê de Sustentabilidade, Rosemeire da Silva Pereira, uma das conquistas do instituto no ano passado foi a consolidação do relatório com base nas diretrizes e indicadores desenvolvidas pela GRI (Global Reporting Initiative), uma organização sem fins lucrativos que busca disseminar esse padrão para a elaboração de relatórios de sustentabilidade, o que acabou servindo como base para ações futuras.

O case “Economia Dez, Desperdício Zero” foi trabalhado em diversas frentes, mas tendo como foco, principalmente, a economia de água e energia elétrica, antecipando suas ações desde 2009, apenas um ano após a inauguração do instituto, já precavido com o período de estiagem que a cidade de São Paulo iria começar a enfrentar a partir de 2012, gerando uma grande economia em seus gastos mensais.

Outras ações pontuais também foram adotadas, como a instalação de um bicicletário para o uso dos colaboradores e o uso racional tanto do gás natural quanto do medicinal, o que também impactou positivamente no balanço das contas do instituto. Como Rosemeire bem definiu em sua apresentação, o ICESP trabalha não apenas com o intuito de atender as pessoas da porta pra dentro, mas sim avaliando suas ações perante a comunidade como um todo.

Agenda:
O Programa Benchmarking Brasil está com as inscrições abertas para empresas e gestores com as melhores práticas de sustentabilidade para concorrer ao XIII Ranking Benchmarking. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de março através do site: http://benchmarkingbrasil.com.br/

Os cases selecionados serão certificados como “Cases Benchmarking”, e farão parte do maior Banco Digital de Boas Práticas Socioambientais com livre acesso do país, e poderão também fazer parte da grade dos encontros técnicos de 2015. No dia 02 de julho, será conhecido o ranking das melhores práticas socioambientais do país, além do lançamento oficial do livro BenchMais 3.

No dia 26 de março (26/03), será realizado o terceiro encontro técnico, que terá como enfoque “Recursos Hídricos e Gestão das Águas”, com a presença do professor da USP, Augusto José Pereira Filho, e a apresentação dos cases “Movimento Cyan – Projeto Bacias”, da Ambev, pela gerente de Relações Socioambientais, Simone Veltri, e “Programa Peixe Vivo”, da CEMIG, pela gerente de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), Raquel Coelho Loures Fontes.

Os encontros técnicos recebem o apoio do curso de Relações Públicas da Escola de Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi, que gentilmente cede o espaço para a realização do evento. Também conta com a participação dos voluntários I+. Caso queira prestigiar os nossos eventos, a entrada é gratuita, contudo, é preciso fazer a inscrição através do link: http://www.institutomais.com.br/forms/cadastro_eventos.php

Conheça a programação completa com os palestrantes confirmados no site do Instituto Mais: http://www.institutomais.com.br/sem-categoria/fibops-tecnica-2015/

(*) Fernando Novais é jornalista e voluntário I+